Sabemos que devido às novas
demandas sociais do mundo contemporâneo fez-se necessário a atualização da
Proposta Curricular a qual é orientada por três fios condutores: 1- perspectiva
da formação integral, 2- concepção do percurso formativo, 3- atenção à
concepção da diversidade.
A presente atualização da Proposta Curricular de SC, tem
como desafio principal dialogar diretamente com professores, coordenadores
pedagógicos, especialistas e diretores com o objetivo de contribuir com a
reflexão sobre as atuais demandas educacionais em suas práticas pedagógicas.
A formação integral é um dos mais importantes e antigos
projetos humanos, constitui uma luta contemporânea que pode representar um
avanço da sociedade em relação à escola, uma vez que ela pressupõe um
reconhecimento de outras demandas como o acesso à saúde, esporte, inclusão
digital e à cultura, setores em que a escola poderá estabelecer parcerias,
porém o grande desafio da educação integral é reconfigurar a escola e o
currículo para que ocorra a sua materialização.
Na atualização da Proposta Curricular de SC compreende o
percurso formativo como, um percurso de formação que envolve organização curricular, tendo em vista as
especificidades e diversidade de cada sujeito/aluno.
No processo de elaboração dos projetos pedagógicos das
escolas, é necessário refletir sobre a organização curricular e delinear não só
os conceitos a serem contemplados mas também as estratégias para a sua
apropriação, destacando que o professor é o organizador da atividade e por isso
ele sabe os conceitos e conteúdos para efetivar o aprendizado. Dessa forma a
elaboração conceitual que se desenvolve nas funções psicológicas superiores é o
resultado do encontro do conceito cotidiano e do sistematizado, por tanto o
conceito é um instrumento intelectual de entendimento do real.
É evidente a necessidade de avançar na política de acesso
e permanência na educação básica, para tanto é necessário refletir sobre o significado
e as formas como o conhecimento é reproduzido na escola, a aceitação da
diversidade (biológica, sexual, cognitiva, cultural, étnica, territorial dentre
outras) e dos diferentes tempos de aprendizagem, inerentes a condição humana,
são desafios do coletivo escolar, necessitando de debates, formação e
planejamento almejando a reorganização escolar.
Uma educação integral não cabe dentro dos muros da
escola, precisamos olhar o espaço físico interno e externo e transformá-los em
espaços pedagógicos. Além disso, é importante possibilitar uma perspectiva de
partilhar a vida fora do espaço escolar. Na proposta da educação integral é
essencial ampliar o repertório vivencial da vida escolar dos sujeitos, buscando
relacionar os conteúdos sistematizados às vivências na comunidade, essa junção
de conhecimento e realidade, enriquecerá o processo de elaboração conceitual,
reforçando assim, a cultura em que está inserido.
É possível repensar o
currículo formulando conceitos fundamentais, assumindo um planejamento
coletivo, estabelecendo a articulação entre saberes e fazeres dos sujeitos e os
conhecimentos científicos.
A avaliação educacional é um
dos elementos fundamentais no percurso formativo, deverá ser um indicador não
apenas quantitativo mas também das estratégias pedagógicas e das escolhas
metodológicas do professor, que deverão ser elaboradas com finalidades , metas
e estratégias, com vistas a novas oportunidades de aprendizagem e novos meios
de ensinar e aprender.
Para que isso se concretize
é imprescindível que a escola valorize os saberes que os sujeitos trazem dos
diversos espaços sociais em que estão inseridos, por meio das diferentes
culturas pode-se ter um ponto de partida para a ampliação dos conhecimentos
sistematizados e o desenvolvimento do ato criados e do pensamento teórico,
sendo esses função social da escola.
Autoras
: Marinês
Fátima Klein, Jacira torres Bollico, Ivonete Bueno de Camargo Klein, Clacir
Lurdes Arpini, Fernanda Stanga Azevedo, Rosa Mari Balbinot.
